Araxá recebe as duas primeiras etapas da Copa do Mundo de Mountain Bike: Confira as novas regras para atletas brasileiros
A WHOOP UCI Mountain Bike World Series 2025 terá
início em abril, com duas etapas em Araxá, logo após a
abertura da CIMTB, também no município mineiro.
Paranaense Alex Malacarne vibra com top 3 na Copa do Mundo 2024 – Foto: Jonathas Abrantes/CIMTB
Araxá está confirmada como a cidade-sede das duas primeiras etapas da Copa do Mundo de Mountain Bike, programadas para acontecer entre o fim de março e o começo de abril. Durante três semanas, os melhores atletas do mundo competirão no município, primeiro na abertura da Copa Internacional de Mountain Bike, de 28 a 30 de março, e logo em seguida em duas etapas da WHOOP UCI Mountain Bike World Series, a primeira de 3 a 6 de abril e a segunda de 10 a 13 de abril.
No último mês de outubro, a organização do evento – Warner Bros Discovery (WBD) Europa – divulgou que haverá mudanças no regulamento para participação no evento, definidas em conjunto com a União Ciclística Internacional (UCI). No comunicado feito, a organização da WBD deixa claro que: “A força motriz para as mudanças é o desejo de elevar a WHOOP UCI Mountain Bike World Series. A série, que foi lançada em 2023, reúne os principais formatos das Copas do Mundo UCI de Mountain Bike sob o mesmo guarda-chuva, para garantir que cada rodada seja disputada pelos melhores ciclistas e equipes do mundo, reforçando sua posição como o auge do mountain bike.”
Após a divulgação da notícia, a principal questão para o ciclismo brasileiro foi saber quais são os atletas que podem representar o Brasil em Araxá, durante os dois finais de semana de evento da Copa do Mundo. A partir de 2025, as equipes UCI Mountain Bike World Series (anteriormente conhecidas como equipes UCI ELITE MTB) se registrarão em duas categorias: Gravity (Downhill e Enduro) e Endurance (Cross-Country e Short Track).
“Essa estrutura simplificada aumentará a visibilidade e o engajamento em todos os formatos. No máximo 20 equipes Gravity e 20 equipes Endurance se tornarão equipes UCI Mountain Bike World Series para toda a temporada. Para ambas as categorias, 15 convites para ingressar neste nível superior de equipes serão baseados no UCI Team Ranking anual, com cinco equipes adicionais se beneficiando de um wildcard (convite curinga) para a temporada”, explica o comunicado.
Além das equipes da UCI Mountain Bike World Series com licenças de temporada, em cada rodada da série até oito equipes UCI adicionais terão a oportunidade de correr como equipes convidadas. As federações nacionais manterão sua cota designada. A qualificação não será limitada a equipes: ciclistas individuais podem se qualificar se atenderem a critérios de classificação específicos, ou se forem campeões nacionais, continentais ou mundiais da UCI em seu formato, ou campeões olímpicos (para Cross-Country Olímpico).
Haverá ainda a introdução da Continental Series, em colaboração com as cinco Confederações Continentais de ciclismo, que atuará como trampolim para uma vaga nas Copas do Mundo UCI e dará aos ciclistas de diferentes continentes a chance de se classificar para as Copas do Mundo UCI, promovendo a participação e a competitividade globais. Mais detalhes sobre essas novas Continental Series serão revelados pela UCI em breve.
Em entrevista com Simon Burney, responsável pela parte esportiva do evento e manager de área esportiva, ele resumiu as principais formas de atletas e equipes brasileiras marcarem presença na Copa do Mundo UCI de Mountain Bike em 2025, principalmente nas etapas de Araxá:
“Todas as 20 equipes da World Series podem competir. Além disso, oito equipes UCI por rodada podem competir, e estas são selecionadas pela WBD com o wildcard um mês antes do evento. E com certeza, nós da WBD queremos as melhores equipes brasileiras da UCI correndo em Araxá, então elas deveriam registrar suas equipes na UCI”, explica Simon. “Existem apenas três equipes UCI do Brasil inscritas em 2024. Se for o mesmo em 2025, tenho 90% de certeza de que serão selecionadas como wildcards para Araxá”, completa Simon.
“Atletas individualmente podem participar se estiverem entre os 100 primeiros no ranking Elite da UCI ou entre os 200 melhores no caso de atletas Sub-23. Desta forma, se os atletas se qualificarem individualmente, suas equipes poderão apoiá-los no evento. Além disso, há a cota da Federação Nacional. E haverá ainda a qualificação ‘Golden Ticket’ da Continental Series, então, também, cinco ciclistas de equipes não pertencentes à World Series se qualificam para uma World Cup em cada categoria”, finaliza o responsável pela área esportiva do evento.
Vale destacar ainda que o ranking da UCI é atualizado todas as terças-feiras, e o ranking usado para cada etapa da Copa do Mundo é o último ranking antes da data de encerramento da inscrição no evento, que é um mês antes do evento.