“Araxá deve ser o foco para quem planeja largar na Copa do Mundo”, diz a comissária da UCI, Regina Barbieri
A prova de XCO programada de 30 de julho a 1 de agosto é a
única realizada na América Latina com pontuação Hors Class.
Fonte e Fotos: Ascom CIMTB / Edição: Caio César Aureliano Na Batida do Esporte
A Union Cycliste Internacionale (UCI) possui algumas regras de pontuação para a participação de atletas na Copa do Mundo de XCO que será realizada em Petropólis no ano de 2022. De acordo com a comissária da UCI e da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), Regina Barbieri, a pontuação conquistada no calendário 2021 leva o competidor para a disputa do campeonato mundial. “Araxá deve ser o foco para quem planeja largar na Copa do Mundo no Brasil, em 2022”. Segundo ela, a prova de XCO, que será de 30 de julho a 1 de agosto, é a única prova na América Latina que tem pontuação Hors Class, o que significa que há distribuição de pontos até o 25º colocado.
“Isso é uma grande vantagem, porque quem fica em 11º ou 15º, por exemplo, ainda consegue acumular uma pontuação boa”, explica. Ela também avisou que o Campeonato Brasileiro é uma excelente oportunidade de pontuação, sobretudo para atletas sub-23. “A UCI mudou a pontuação, e hoje, você pontua até o 10º colocado no short track do Brasileiro, sendo que, no ano passado era só até o 5º colocado. Além de ter aumentado a pontuação para 50 pontos para o primeiro, em comparação com 10 pontos no ano passado”, lembra.
Ela explicou sobre os critérios para todas as categorias que participarão de Petrópolis 2022, que são a sub-23 e a elite tanto no feminino quanto no masculino (a categoria Júnior não correrá nessa etapa). Além desses critérios, os atletas devem ser filiados à CBC e aptos a pontuar no ranking internacional. “É a CBC que cadastra esses atletas, então é importante lembrar desse detalhe”.
A comissária ainda lembra que essas regras são revisadas anualmente pela entidade, então podem ocorrer mudanças até lá.
Sub-23 feminina: A UCI define que existem três formas de atletas sub-23 participarem das etapas da Copa do Mundo. A primeira é fazer parte de uma equipe UCI. A segunda é ter, no mínimo, 20 pontos no ranking internacional de XCO para poderem se inscrever na corrida de Petrópolis. Atualmente são duas essas atletas, Marcela Lima e Laurien Miranda.
A terceira é ir como integrante da federação nacional. Segundo Regina, a seleção brasileira pode levar seis atletas normalmente, e como o Brasil está recebendo o evento, ganha o direito de ter mais seis competidoras em uma equipe B, somando 12 brasileiras no bolsão de largada pela seleção do Brasil, além das classificadas por pontos ou via equipe UCI. Caso as atletas não atinjam os critérios da CBC, um número menor de competidoras pode ser convocado.
Sub-23 Masculina: A entidade é mais criteriosa para esta categoria. Para alinhar em Petrópolis no ano que vem, o atleta precisa ter no mínimo 80 pontos no ranking da UCI. “É uma pontuação alta. Tanto que, atualmente, só um atleta brasileiro conseguiria largar por esse critério, que é o Gustavo Xavier”, avalia Regina. Além disso, há a possibilidade de participar pela seleção, que em Petrópolis também terá direito a 12 atletas, seis principais e mais seis por ser a sede do evento, como na feminina.
Elite feminina e masculina: O critério é o mesmo para as duas categorias. É necessário ser federado na CBC, e ter um mínimo de 60 pontos no ranking UCI para competir com a camisa da equipe, uma pontuação menor que a sub-23. Outra possibilidade é ser convidado para correr pela seleção. No caso da Elite, não existe a equipe B, portanto, o Brasil pode ter até seis atletas competindo pela seleção na categoria mais alta em Petrópolis.